“O consenso, nena, esta sobrevalorizado!” (di-me umha amiga da alma). Discutimos muito, mas bem. Essas discusons de verdade, que defendes até a morte os teus argumentos, mas nas que despides com carinho, cum orgulho de, “hoje nom che vou dar a razom”, mas na mente já che empezam a trabalhar outras conversas: “Falte-me dios que nisto a carnota vai ter razom…”
Som umha virachaquetas. No cole: “De que equipo es?” Um dia, do Cuspedrinhos, outro dia: “Do Presqueiras...boh, Flora, ti es umha virachaquetas”. Daquela punha-me triste ou enfadava-me... “Por que se enfadam, ho?, se a mim da-me igual, o que me presta é vê-los jogar! Ou...que merda!
Cos ismos é-me parecido. Tenho amorodio (amorodo cum i a maiores, prestava engadi-la no dicionario, #para as filologas) com o independentismo e com o femininismo: “Nunca serias umha boa independentista, es moi hippie posmoderna pseudocientifica ciudadana del mundo, comeflores” (veridico, dixo-mo assi um independentista, dos de verdade, dos que chupa talego e todo). Ou: “Volves moito polos animais com pirola” (gostam-me muito os animais, alguns como-os, asumo-o, outros prazem-me ao ve-los voar, outros metem-me medo cando os atopo cobregheando perto). “Reaccionaria! Vas de ecologista e depois mira!”
Así que consenso resumia bem o que queria: que todo o mundo estea a bem e eu tamém
E todo isto vem ao caso, porque escoitei na radio a Guadalupe Nougues apresentando o seu livro: Pensar con todos. Una guia de supervivencia en tiempos de postverdad.(Escoitar antes de seguir, sugerência)
Penso que ter isto em conta pode contribuír a ir andando caminho, nesta incertidume genial: como quando no monte, depois dum mato mesto e escuro, já um chisco aghoniada porque te sentes perdida chegas a um claro, e dis, “menos mal...que bem”, mas quando acabas de congratular-te por ter saído a luz depois de tanta selva e abres bem os olhos, ves que hai três caminhos por onde colher e se che fai de noite, “o que me faltava, e com o sentido da orientacom que tenho, mooorro”, e a cabeça trabalha-che a umha velocidade tremenda “e de morrer nom tenho ganas, e vai-se fazer de noite, e que merda fago, por aí parece mui escuro, esse parece que tem mais luz, polo outro parece que se escoita auga”, e FAISE DE NOITE! Entom queiras ou nom acabas por escolher um caminho. Ou decides passa-la noite no claro ao raso, mas tomas umha decisom, que ainda que amanhã te laies dizendo, “fige-no, nom me quedava outra, nom tinha ningumha opcom” é mentira porque diante de ti havia um monte de possibilidades, que valoraras ou nom estavam. É certo que pode vir um lobo pola noite e papar-te, ou matar-te um raio, dios no lo quiera, mas iso faría parte do interagir natural coas outras vidas do monte.
Como contribue tamem Evans co livro cooperativo e colaborativo Mancomunidade, uma terra livre sem estado(2019), a ir fazendo do sonho, presente. Ou o Pensamento monógamo, terror poliamoroso (2018) de Brigitte Vasallo, ou cada artigo de Xacia Ceive sobre a realidade trans... ou tantas outras possibilidades inspiradoras, fraguando-se ou ja consolidadas, de ser ecosistema.
Nom acabei nengumha carreira das que comecei, nem tenho nengum papel que fale por mim. A evidência científica da que dou fé com o meu corpo e com a minha voz, é que sou muitas feministas, muitas independentistas, muitas anarquistas, muitas -istas e muitos -ismos, muites nada -istas, nem nada -ismos as que mais, (sobre todo as vizinhas e as mulheres todas da minha familia), as que fam que seja quem sou, melhor pessoa e melhor porco (espero que minha nai e meu pai digam algum dia iso de mim: “A minha Florinha e coma o porco, aproveitase-lhe todo”.
A evidencia cientifica da que dou fé com o meu corpo e com a minha voz, é que sou muitas feministas, muitas independentistas, muitas anarquistas, etc
E porque em todos os média aos que lhe enviei movidas há que assinar com um nome e um apelido, muita preguiza me dá isto, nom seria de justiza que nom dixera que este texto nom e para nada meu, mas si da Kalimera e de Mugre nas ondas e das mulheres nutritivas que ali andavam, foi o meu desvirghamento radiofonico, de Efeto Bandua, das que andamos no fiado e mais das que punham a lá, da rádio A Tribo, (por tantas descobertas bonitas)? Nom podo nom citar como influiu neste texto a cançom de Isma Kalo, A quem lhe importa, e ela propria... Ou do bonito de dar conta, que ambas as duas camadas da tribo tínhamos tamém como cançom fichada o Resistirei da referente Julia Vazquez (no seu contributo à Tribo é notorio que hai enchufismos, mas fazemos nossas as suas palavras tamem no minuto 17), a Rochi Novoa, a Mercedes Peón (tamém aqui hai amighismos, mas nós temo-la em alma) e a tantas vozes diversas d'aqui e d'acola... Da minha irmá que me deixou umha foto, que tam bem lhe acaía a este texto (e que finalmente nom puido ir). E até de dous artigos recentes publicados no Semanal de Perez Reverte (senom me queredes, ide-vos).
E acabo cumha copla da nossa musica viva, que sempre tem um as para matar um 3 e recolhe mui bem o que eu quero dizer agora: “Senhor cura seeeeeeeeeenhor cura, senhor cura seeeeeeenhor curaa doutrina nom lha sei, pidame umhas cantighinhas q'eu lhas repenicarei…”
ABAIXO OS MUROS. AMEM. AMEM-SE (isto tampouco e nengumha ocorrência minha, vino feito nalgum livro, de Galeano, ou de calquera que nom asinara mas que o quijo partilhar)
BYE BYE FEIJÓO. Fuches bom, mentras durache, mas eram-che horas d'ir indo, nom ias durar sempre!
Relacionadas
Aborto
Gritos de “asesina” y citación en comisaría: así es abortar cuando te acosan grupos antielección
Siria
La justicia, el gran reto de la transición siria
Opinión
Con todos ustedes: España
Murcia
Extrema derecha
La Fiscalía de Murcia investigará si el presidente de Vox Murcia ha incurrido en delitos de odio
El Salto n.79
La celulosa o la vida: periodismo situado y lucha social para frenar un ecocidio
México
Si México fuera verde: niñas madres, leyes muertas y la lucha por decidir
Análisis
La carrera que nunca termina: una respuesta a Quinn Slobodian
Arte contemporáneo
Palabras contra el poder: la vigencia radical de Barbara Kruger
Opinión
Superman y el ‘reset’ de los superhéroes en crisis
Últimas
Comunidad El Salto
El Salto estrena nueva página: una web como una casa
Comunidad de Madrid
Los bomberos forestales madrileños inician una huelga de un mes
Opinión
Lo de Torre Pacheco tiene un nombre: terrorismo supremacista blanco
Opinión
Integración, valores europeos, y otros grandes chistes racistas
Economía
¿Cómo funciona el mecanismo de defensa que Europa podría activar contra los aranceles de Trump?
Dependencia
El Gobierno reduce al 27% la inversión en el sistema de dependencia
Maternidad
La discriminación de las familias monoparentales por los permisos de nacimiento llega al TEDH
Fronteras
Las devoluciones en caliente de solicitantes de asilo pasan a ser política oficial en Alemania
Palestina
Israel despeja la zona de Rafah para su “ciudad humanitaria”, denunciada como un futuro campo de concentración
Recomendadas
Málaga
Málaga, el punto de inversión para los fondos israelíes a pie de playa
Feminismos
Patricia Reguero
“Mis relatos están escritos al lado de otras, arropada por la escucha de otras”
LGTBIAQ+
Mana Muscarsel
“La amistad da más juego para salir de la lógica de la familia porque tiene menos reglas"
Barcelona
El reciclaje invisible: la relación entre la chatarra y la ciudad de Barcelona
Para comentar en este artículo tienes que estar registrado. Si ya tienes una cuenta, inicia sesión. Si todavía no la tienes, puedes crear una aquí en dos minutos sin coste ni números de cuenta.
Si eres socio/a puedes comentar sin moderación previa y valorar comentarios. El resto de comentarios son moderados y aprobados por la Redacción de El Salto. Para comentar sin moderación, ¡suscríbete!